Subindo no pau de sebo em direção ao dinheiro, um sem número de meninos… – Todos atrevidos. Nem bem chegava no meio, desciam escorregadiços.
Valia cuspir na mão, esfregar-se na areia, subir de chinelos, apoiar-se no colega, tentar um zilhão de vezes… – Aquilo era uma sacanagem dos adultos.
Vez por outra, um perdia o calção. E todos achavam graça.
Não era pelo valor, mas pelo divertimento. Também não havia constrangimento…
O tronco fincado embaixo, a ponta bem lá no alto. Notas de cem e de mil alimentavam os desejos que só existiam nas prateleiras das bodegas.
Mas como? Impossível com toda aquela gosma!
Mas, menino gosta de ser menino. Não há outra precisão. Ser menino é tão bom que era para nos apartar de nós mesmos, ainda pequenos… – Um ficava traquino e o outro seguia o destino.
Será que aquilo era para nos dizer como seria difícil subir na vida, mesmo que a lição fosse uma brincadeira de mau gosto?
Não há lembrança mais ingênua que os motivos de criança – Todas nos levam para o céu.
Misael Nóbrega de Sousa
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