O ano era 1976. Uma reunião de intelectuais na casa do jornalista, romancista, advogado e pintor brasileiro, Menotti Del Picchia, em São Paulo, marcava o surgimento de uma organização artístico-cultural, que seria chamada de o Movimento Poético Nacional.
Por causa desse acontecimento, cuja iniciativa era baseada no sonho de unir uma classe de artistas e divulgar as suas produções poéticas e musicais, o dia 20 de outubro ficou conhecido como o dia do poeta.
A poesia é atemporal. Lírica, narrativa, dramática… – Origina-se no verbo que se faz: carne, liturgia, Santo-homem, Santo-Santo… – O poeta é anjo e demônio… – Não pode ser gente, pois a poesia é a sua transfiguração em leitor; A poesia é a metamorfose dela mesma: Inventiva, criativa, alimento… – Guerra dos mundos. Por meio da poesia, experimentamos das mais belas revoluções interiores.
Verso, métrica, ritmo, rima, melodia, compasso, harmonia, ideias e sensações, livre, livre, livre… – A poesia pode ser qualquer coisa, menos hipocrisia. – É grito e denúncia.
Um dia: clássica, renascentista, romântica, moderna. O Ramáiana de Valmiki, a Odisseia de Homero, a Eneide de Virgílio, a Divina Comédia de Dante, Os Lusíadas de Camões, a Via-Láctea de Bilac, Os Versos Íntimos de Augusto, a Canção do Exílio…- ”O verso que está cá dentro e não quer sair… – Mas, que inunda minha vida inteira”. No dia do poeta, o dia da poesia.
Poesia é a lucidez enternecida. É a vida em lugar da vida… – Apoiada na linguagem coletiva, Pátria de todos os poetas.
Poesia é sobrevivência e vive dentro do homem, adormecida. Que seja: social, existencial, marginal, práxis, concreta…. Poesias são imagens a refletir o sonho do poeta. – É a libertação de nós mesmos por meio de nossas feridas.
Misael Nóbrega de Sousa
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