segunda-feira , 28 abril 2025
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UMA POR DIA… O corte na verba das Universidades e Institutos Federais

 

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante audiência na Comissão de Educação do Senado, disse que não haverá corte no orçamento das universidades e instituições de ensino federais, mas sim um contingenciamento.

 

 Mesmo assim, estudantes das mais de 60 Universidades brasileiras foram às ruas em protesto contra a política da “teoria da conspiração” e “caça às bruxas” do atual governo Federal.

 

 De forma grosseira, contingenciamento é uma intervenção que estabelece limites à produção de bens e serviços.

 

 No caso das Universidades e Institutos Federais, o corte é de 30%, mesmo que o governo não admita ser tratado dessa forma.

 

 Particularmente, não acredito que o mais acertado seja fechar as torneiras; quem sabe abri-las na vazão certa. E é também um risco economizar em investimentos, pois se caracteriza um retrocesso.

 

 Dizer que as universidades brasileiras são “antros de perdição” é um atentado a memória do povo brasileiro; é ignorar toda a contribuição dada por este segmento no desenvolvimento do país, em todas as áreas do conhecimento.

 

 A polícia não é convidada a entrar nas universidades, simplesmente, porque nos campi não têm bandidos.

 

 Ali, existe uma convenção histórica em favor da liberdade de expressão; é canto eterno de resistência e luta; ambiente das manifestações plurais e sem preconceitos.

 

 É na universidade onde o ser humano se descobre. Todos saem diferentes, nunca indiferentes.

 

 Se o recurso que chega está sendo mal empregado, que se faça uma auditoria nas contas; que se recuperem processos e revejam os resultados. E que se tomem, principalmente, as providências cabíveis para punir quem tiver que punir.

 

 Mas, é justo penalizar o sistema educacional de ensino superior, pesquisa e extensão de um país sob a justificativa que está havendo “balbúrdia” nas universidades?

 

 Há que se ter responsabilidades com as decisões que mexem com a vida das pessoas; elas não podem estar contaminadas de ódio e revanchismo.

 

 Se uma vida humana for sacrificada, essa morte é extensiva a todos nós.

 

 Não me atenho ao certo ou errado; mas, ao tempo de vigília; ao diálogo; a maturação…

 

 Se a carência for de respostas, “temos todo o tempo do mundo”; só não podemos impor.

 

 Todo poder é arrogante e prepotente. E num passado, nem tão distante assim, viramos às costas para o autoritarismo, numa demonstração de que o horizonte fica para o outro lado; mas também por repulsa.

 


Misael Nóbrega de Sousa

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