segunda-feira , 28 abril 2025
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UMA POR DIA… Democracia asfixiada

 

Essa história de apenas aos partidos ser permitida a atuação política eleitoral, está muito fora de moda. A ideologia, como corrente de pensamento e bandeira de luta, estimulando a expressão de relações entre classes sociais foi para o espaço faz tempo, infelizmente. Prova disso são os conchavos feitos às vésperas das campanhas com o único objetivo de ampliar as chances eleitorais das coligações, elegendo o maior número de candidatos possível em favor de um projeto de poder.

 
E essas “alianças estratégicas” acabam gerando uma confusão também na cabeça do eleitor que, desorganizado socialmente, passa a não mais acreditar na política, justamente, pela carência de preceitos éticos, culturais, moralistas e de respeito. “Todos os homens se julgam capacitados para a política. Mas isso é um grande equívoco. Somente os mais capacitados intelectualmente estão preparados para exercer a administração da cidade em benefício de todos”. 

Não é preciso ir lá em Platão para entender que a arte da política é mesmo para poucos. É só reparar aqui em Patos para ver que o sistema está desarticulado. E que se dane a fidelidade partidária:

“O PSL passou a ser o “grupo da morte”, pois dificilmente conseguirá reeleger todos os seus atuais vereadores. A ele, filiaram-se: Tide, Raniere, Ferré, Goia, Gordo, Ramon, Capitão Hugo e Toinho. No PRB estão agora: Fatinha, Nadir, Sales Jr. e Cambirota. Para o PDT, correram: Edjane e Diogo. Dito se filiou ao MDB, Suélio foi para o PT e Lucinha continuou no PCdoB, mas teria emplacado uma nora, no PRB. Jeferson deve ser substituído pelo pai (Leudo Melquíades), que se filiou ao PRB. Ivanes, que está como prefeito interino, também se filiou ao PRB, mas só poderá ser candidato à vaga de prefeito ou vice, e se lhe derem a oportunidade” (LGLM). 

Essa diluição das diferenças ideológicas abriu espaço para as conveniências políticas e acabaram criando as famigeradas legendas de aluguel. As candidaturas independentes seriam uma boa alternativa? Talvez, sim. Assim como os coletivos políticos que, por conta de suas atuações, buscam modificar o cotidiano das pessoas. O fato é que a política precisa se reconectar com a sociedade para não afugentar os homens de bem. Temos que fazer surgir novos líderes quebrando essas estruturas rígidas de poder pelo bem da democracia… – Que aos poucos vem sendo asfixiada por ela mesma.

Misael Nóbrega de Sousa

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