O advogado Corsino Neto foi convocado pelos familiares de José Anastácio dos Santos Neto, 28, e seu irmão, Silas Araújo dos Santos, 27, ambos investigados no caso de roubo de trilhos da linha Férrea em Cacimba de Areia, nessa quarta-feira (15), para acompanhar os procedimentos e fazer a defesa deles. Os dois foram presos em flagrante pela Polícia Militar quando seguia em um caminhão com as peças.
O advogado chegou à delegacia, após o chamado, mas foi barrado quando tentou acompanhar o depoimento dos policiais que fizeram o flagrante. Corsino não concordou com a decisão do delegado de plantão, pois ele acredita que faz parte do seu ofício estar por dentro das etapas que envolvam o caso.
Ele falou ao Blog do Jordan Bezerra sobre essa ocorrência e disse que, apesar de ter respeitado a decisão do delegado, vê com preocupação que advogados sejam impedidos de exercer a sua atividade e adotar ações que são prerrogativas dos advogados.
“Fomos chamados pela família dos dois presos para fazer o acompanhamento da prisão em flagrante. Tudo transcorria normalmente, mas o delegado iniciou a tomada de depoimento dos dois policiais limitares que fizeram a prisão dos dois investigados. Eu me apresentei para ouvir o depoimento dos policiais, mas o delegado não permitiu que eu acompanhasse o depoimento dos policiais. A advocacia é uma atividade que assegura o amplo direito de defesa e fiscalizar a regularidade dos atos. Então as prerrogativas dos advogados permitem a liberdade de atuação, entrar em salas e fazer perguntas a autoridades, e este direito não foi concedido. Eu tive que me retirar, porque ele não permitiu que eu ficasse, e eu disse a ele que iria me retirar, pois não iria brigar com o delegado dentro de uma delegacia”, disse Corsino.
Ouça o áudio de Corsino abaixo:
Blog do Jordan Bezerra | Policial
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