Há sete meses, quando Márcio Zanardi assumiu o comando do time sub-20 da Portuguesa, o cenário da base por lá era complicado. A falta de recursos era um entrave para várias coisas, e poucos realmente acreditariam se alguém dissesse que a Lusa estaria onde está agora. Entre os quatro melhores times na Copinha.
– Quando assumi em maio, trouxe minha comissão técnica inteira do Corinthians. Mudamos alguns conceitos de trabalho, pegamos os jogadores que os grandes mandavam embora e formamos essa base que já foi bem no Paulista Sub-20. Fomos eliminados pelo Corinthians, mas com dois empates. Eles só passaram porque tinham melhor campanha – explica o técnico do time Márcio Zanardi.
Zanardi não é um nome novo na base brasileira. Muito longe disso aliás. O técnico vem de sete anos na base do Corinthians, clube pelo qual venceu, entre outras competições, o Mundial Sub-17 e a Taça BH da mesma categoria. Trabalhou com nomes como Léo Santos, Léo Jabá e Pedrinho, já conhecidos dos profissionais do Timão.
A busca por nomes de qualidade dispensados em times grandes foi intensa. Dispensado do São Paulo, Matheus Brunetti veio para ser o camisa 4 e capitão do time. Cesinha, o lateral-esquerdo, tem quatro anos de base do Corinthians no currículo. Tawhan, camisa 10, era do Palmeiras, time contra o qual fez o gol de pênalti nesta sexta-feira, nas quartas de final, assim como Matheus Franca, o zagueiro titular. Tudo isso em sete meses de trabalho.
A estrutura física em que a equipe treina é boa, com um CT com quatro campos de treinamento e academia à disposição dos atletas. O maior obstáculo, no entanto, foi a falta de recursos financeiros. O orçamento anual da base da Lusa é de R$ 400 mil. Os jogadores com contrato profissional recebem R$ 1 mil de salário, e os amadores, R$ 300 de ajuda de custo. Realidade bem diferente da do Palmeiras, adversário eliminado nesta sexta-feira, e do Flamengo a quem a Lusa irá enfrentar na semifinal da Copinha.
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