O golpe da eliminação na fase de grupos da Libertadores pela primeira vez desde 1987 será duro. Verdade que o São Paulo foi eliminado também na fase preliminar no ano passado, contra o Talleres. Mas, nos grupos, não era assim desde que caiu em último lugar na chave de Cobreloa, Guarani e Colo Colo, logo depois de vender Careca para o Napoli.
O retorno ao Brasil será duro e haverá pressão. Mas não haverá troca de treinador. Não neste momento. A diretoria tem convicção de que o melhor caminho é a manutenção.
Há erros e conceitos duvidosos, como fazer a saída de bola com Daniel Alves e Igor Gomes. Aos 21 minutos do primeiro tempo, os passes na grande área deram origem a lançamento de Igor para Léo e deste para Reinaldo, pela esquerda. Parecia a imitação de Magno Navarro. Tinha dois meias na defesa e dois laterais esquerdos no ataque.
Há muita coisa para se corrigir, muito para Fernando Diniz amadurecer. Mas o problema não é só o técnico, ou o São Paulo teria pelo menos cinco títulos nos últimos cinco anos, porque trocou de treinador dez vezes.
O River Plate é, hoje, o melhor time da América do Sul. Joga de memória, como diz Marcelo Gallardo. Julián Álvarez fez uma partida enorme. Matías Suárez tem velocidade e explorou os dois lados, às costas dos dois laterais.
O Flamengo tem o mesmo nível, mas a troca de treinador ainda provoca adaptações. Por isso, o River hoje parece o mais forte candidato ao troféu. Muita água vai rolar.
O São Paulo precisa evoluir para chegar ao nível do River de hoje. Não é possível a torcida se conformar com menos. Mas não vai ser neste semestre, com Fernando Diniz ou começando tudo de novo.
Globoesporte.com
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