O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), rejeitou o decreto estadual assinado pelo governador João Azevêdo nesta terça-feira (9), e afirmou que a cidade terá um decreto próprio com as medidas restritivas que forem necessárias para evitar a disseminação da covid-19. O gestor também afirmou que o decreto municipal será diferente do estadual, sem toque de recolher na cidade.
De acordo com o gestor campinense, o decreto municipal terá alguns pontos mais rígidos do que o estadual e outros com menos rigidez. ”Toque de recolher eu considero uma excrescência. A nossa constituição só prevê toque de recolher se houver estado de sítio”, comentou.
Bruno Cunha Lima disse também que não pretende proibir atividades religiosas presenciais em Campina Grande, isso por que a cidade foi uma das primeiras do estado a reconhecer as igrejas como serviços essenciais, que funcionarão com público reduzido.
”O governador decidiu fechar serviços não essenciais durante os fins de semana, mas eu acho que todo trabalho que coloca comida na mesa do trabalhador é essencial”, comentou.
Os horários serão reduzidos apenas em bares e restaurantes, que só poderão funcionar até às 22h. Bruno explicou também que deve haver um escalonamento de horários no Centro, com algumas atividades iniciando às 7h, outras às 8h e outras às 9h. A medida visa reduzir a lotação de ônibus.
De acordo com o prefeito de Campina Grande, o texto do decreto está sendo finalizado e deve ser publicado ainda nesta quarta ou no máximo na quinta-feira (11).
No entanto, os Ministérios Públicos Federal (MPF), Estadual (MPPB) e do Trabalho (MPT) se posicionaram em relação a Campina Grande e assinaram documento recomendando à gestão municipal se abster de editar medidas menos restritivas do que as do decreto estadual.
Blog do Jordan Bezerra
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