segunda-feira , 28 abril 2025
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Psicanalista fala da importância das políticas públicas contra fenômeno do suicídio no Brasil; ouça

 

O Blog do Jordan Bezerra entrevistou o psicanalista Dr. Francisco Almeida na noite desta desta quarta(15), para falar sobre a importância das políticas públicas de saúde para combater o crescimento do número de suicídios no Brasil. Sobre esta temática, Dr. Francisco alertou para que os familiares estejam atentos aos sinais que, muitas vezes, são discretos, mas podem ser um passo para evitar casos de suicídio no país.

 

Segundo o especialista, há um equívoco em pensar que as pessoas se matam por algum motivo específico. Entretanto, ele disse que trata-se de um longo processo que leva à exaustão, e, quando o paciente não suporta mais o sofrimento, tira a própria vida.

 

“O suicídio é, sem dúvidas, um problema grave de saúde pública. Uma média de 800 mil pessoas cometem suicídio por ano no mundo. No Brasil, são cerca de 12 mil, e um agravante, uma tendência de baixa, mas no país esse índice está avançando. Uma preocupação adicional é o crescimento do número de suicídio de 11 a 30 anos, uma parcela mais suscetível ao suicídio. Cerca de 90% dos suicídios se dão em pessoas com algum sofrimento mental ou emocional. Às vezes temos a impressão equivocada de que as pessoas cometem suicídio a partir de uma decepção pontual, mas isso é um equívoco muito sério, porque o suicídio é o desfecho de um processo, o limite da dor, do sofrimento e do adoecimento psíquico. Precisamos cuidar das pessoas na tentativa de evitar este adoecimento, que muitas vezes é discreto”, destacou.

 

Além disso, Dr. Francisco disse que os familiares devem estar em alerta para os sinais. Apesar de serem discretos, sutis, são uma chave para evitar casos de suicídios.

 

“É preciso estar sensível e atento aos sinais. Cerca de 30% dos suicídios se dão entre as pessoas com transtorno de humor, sobretudo o transtorno bipolar. Pouco mais de 20% das pessoas que cometem têm algum tipo de dependência química, sob efeito dessas substâncias acabam por agravar perda do discernimento, da consciência e o suicídio se dá como ápice desse sofrimento. É um processo que passa a ser insuportável para os indivíduos. Esse sofrimento está diretamente associado ao suicídio. Por isso a importância de percebermos os sinais, de socorremos essas pessoas, que manifestam às vezes de forma discreta a inquietação, que muitas vezes é repetitiva.

 

A entrevista completa com Dr. Francisco Almeida você vê abaixo:

 

 

Blog do Jordan Bezerra | Setembro Amarelo

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