O Blog do Jordan Bezerra conversou, na noite desta quarta-feira (4), com Francisco Almeida, que é doutor em filosofia, com foirmação em psicanálise, e também em teologia. Ele deu dicas importantes e conclamou a população para ter mais cuidado sobre o uso da Internet.
Após a morte do filho da Cantora Walkirya Santos, Lucas Santos, que cometeu suicídio após ter sido brutalmente atacado com comentários odiosos nas redes sociais, depois de ter publicado um vídeo, a reportagem buscou ouvir um especialista para saber como deve ser o processo para evitar fragilidades emocionais e saber se comportar diante de situações como esta.
“A reação das pessoas a essa postagem teria precipitado essa situação do ato suicida do adolescente. A provocação é justamente sobre o desafio de lidar com esse fenômeno das redes sociais, como os pais devem acompanhar esses casos na internet. Os adolescentes e jovens são os mais ligados a esses instrumentos, mas os adultos também estão. Não há condição ainda de mensurar as revoluções que as redes sociais têm provocado nas diversas dimensões da vida humana”, afirmou o especialista.
Dr. Francisco disse que é importante compreender como nasce o problema, e acompanhar de perto para auxiliar no processo. Ele afirmou que a participação diária dos pais é fundamental.
“O suicídio tem causas variadas, mas nesse perfil que vimos e pelas informações que temos, ele é o desfehco de um caminho, de um processo de adoecimento, de angústia. Um crescente desespero que chega ao seu ápice. Então é importante reflertir sobre esse processo, a fragilidade emocional que levou a esse desfecho. Já conversamos sobre essas etapas, a importância de construir uma estrutura emocional e afetiva, que seja capaz de dar conta dos desafios da existência, que são muitos”, contou o psicanalista.
Ainda segundo Dr. Francisco, a Internet é muito importante nos dias atuas, mas tem os seus pontos negativos, que também geram impactos emocionais na vida das pessoas. Ele deixou algumas orientações para s pais e até mesmo os adultos que usam esse mecanismo.
“O que se tem que fazer para evitar casos como este é de acompanhar, importar-se com o que os nossos filhos assistem, o que eles veem, o que eles pesquisam na Internet. Daí existem aplicativos que mostram o que o seu filho está vendo, a que horas ele viu. Isso precisa ser feito desde muito cedo. É preciso ter acompanhamento, um processo de estar presente. Diante de alguma situação que possa impactar, o seu filho vai contar, se houver confiança. A posse de um smartphone por parte dos nossos filhos é um dilema dos pais, quando dar a eles um celular e isso está cada vez mais precoce. É preciso pesar e medir as consequências possíveis desse processo”, afirmou.
A entrevista completa com o especialista você pode ouvir abaixo:
Blog do Jordan Bezerra | Saúde
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