As eleições do último domingo, dia 15 de novembro, trouxeram algumas constatações, sobretudo para o município de Santa Terezinha, no sertão do estado da Paraíba. A Princesinha das Espinharas, como é conhecida, tem dado um exemplo de cidadania e soberania, no que tange ao voto. Sabe-se que o mecanismo da reeleição permanece, foi criado na década de 90, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, e de lá para cá, o município fez apenas um candidato reeleito, o ex-prefeito Zé Afonso Gayoso Filho, na eleição de 2000, nenhum outro conseguiu se reeleger no cargo.
Zé Afonso então inicou o nome de Dr. Rui Pontes, que governou o município no período de 2005-2008, mas não conseguiu se reeleger. Já Davi Cordeiro, de 2009- 2012, também foi derrotado nas urnas, assim como Arimatéia Camboim, entre 2013-2016, e Terezinha de Zé Afonso 2017 -2020.
Ou seja, Santa Terezinha, município de aproximadamente 4.700 habitantes, tem feito a diferença e é um trauma na vida do gestor que busca a reeleição. Um tabu que não se sabe se será quebrado ou não. Fato é que nas últimas quatro eleições seguidas, nenhum gestor conseguiu se reeleger. Fato inédito, para uma cidade tão pequena, mas o seu povo tem mostrado um autocontrole sobre o voto, e a população tem dado um recado nas urnas.
Por toda essa análise e números confirmados, as eleições na cidade de Santa Terezinha poderá ser um estudo de mestrado ou doutorado nas Ciências Políticas, como um município referência nesse quesito.
Vale lembrar que todos os gestores derrotados, tiveram suas contas aprovadas pelos órgãos fiscalizadores da república, tiveram pareceres favoráveis, confirmados pela Câmara Municipal, ou seja eram gestões administrativamente bem avaliadas.
Por Jordan Bezerra
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