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Polícia Civil vai investigar youtuber Antônia Fontenelle por crime de xenofobia

 

 

A atriz e youtuber Antônia Fontenelle vai ser investigada pela Polícia Civil da Paraíba por possível crime de preconceito ou discriminação contra paraibanos após comentários xenofóbicos sobre o DJ Ivis, que aparece em vídeos agredindo a ex-mulher, Pamela Hollanda. Na quarta-feira (14), o delegado Pedro Ivo, da 1ª Delegacia Seccional da Polícia Civil da Paraíba, solicitou a abertura de um inquérito para apurar os fatos.

 

 

 A impressa entrou em contato com a assessoria de comunicação de Fontenelle, por e-mail, mas nenhuma resposta foi recebida até às 9h desta quinta-feira (15).

 

 

Os vídeos de agressões contra Pamella foram divulgados por ela nas redes sociais no domingo (11). No dia seguinte, Fontenelle se posicionou contra as agressões e postou o seguinte texto nas redes sociais, ao comentar o assunto:

 

 

 “Esses ‘paraíbas’ fazem um pouquinho de sucesso e acham que podem tudo. Amanhã vou contatar as autoridades do Ceará para entender porque esse cretino não foi preso”.

 

 

Dj Ivis, que é paraibano, mora em Fortaleza e foi preso na quarta-feira (14). Após as declarações de Fontenelle, cantores, artistas, famosos, blogs e várias páginas de entretenimento criticaram o uso da expressão “paraíba” com cunho negativo. Após as críticas, ela voltou a falar sobre o assunto:

 

 

“Esse bando de desocupado aí da máfia digital que não tem nada o que fazer. Se juntaram pra agora me acusar de xenofobia. De novo? Num cola! Já tentaram me acusar de xenofobia. (…) Porque eu falei ‘esses ‘paraíba’ quando começam a ganhar um pouquinho de dinheiro acham que podem tudo. ‘Paraíba’ eu me refiro a quem faz ‘paraibada‘, pode ser ele sulista, pode ser ele nordestino, pode ser ele o que for. Se fizer paraibada, é uma força de expressão”, disse a atriz em um vídeo.

 

 

Segundo Pedro Ivo, as condutas de Fontenelle se amoldam ao tipo penal descrito no art. 20 da Lei nº 7716/1989, que define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

 

 

Com a instauração do Inquérito, serão realizadas diligências investigativas, procedimentos periciais e o interrogatório da indicada autora do fato, com o consequente envio do procedimento para o Judiciário. A delegacia tem um prazo de 30 dias para concluir o procedimento. O crime é inafiançável e tem pena prevista de 1 a 3 anos de prisão e multa.

 

 

As declarações de Fontenelle foram criticadas por vários artistas e influenciadores paraibanos, entre eles Juliette Freire, Flay, GKay e Chico César. “Não existe ‘ser Paraíba’ e ‘fazer paraibada’. Existe ser paraibana/o, o que sou com muito orgulho”, disse Juliette.

 

 

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