O Pedreiro Valmir Pedro de Brito, de 43 anos, atropelado numa ciclofaixa na manhã desta quarta-feira, 01, em João Pessoa, foi transferido nesta quinta-feira (2) para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Emergência e Trauma da capital.
Valmir, que seguia em sua bicicleta na ciclofaixa, faixa preferencial para ciclistas, foi surpreendido pela invasão do veículo e acabou sendo atropelado por volta das 6h da manhã, quando se dirigia para o trabalho. No veículo Renault Capture que atingiu a vítima, estava ocupado por uma família que voltava de uma festa de reveillon.
O caso ainda tem alguns mistérios a serem desvendados. Um deles é que o motorista causador do atropelamento ainda não foi identificado, pois existe algumas contradições de informação.
Testemunhas disseram que era um homem quem conduzia o automóvel, mas ele alegou que seria a esposa, mesma versão apresentada por três jovens que foram ouvidos por volta das 20h de ontem (1º), na Central de Flagrantes. Eles disseram que estavam a cerca de três metros do local do acidente e garantiram que era a mulher do empresário que dirigia o carro, contradizendo depoimentos outras testemunhas do caso, que afirmaram que o empresário é quem estava dirigindo e teria trocado a direção com a mulher após o atropelamento.
Ainda no local onde o ciclista foi atingido pelo carro, alguns vizinhos vizinhos, dentre os quais o advogado Diego Lima, cobravam que os agentes do Batalhão de Policiamento de Trânsito realizassem o teste do bafômetro com o casal, cujos nomes não foram revelados. Em meio à confusão, Diego disse que por pouco não foi preso.
“Eu fui cobrar a realização do teste do bafômetro porque claramente os policiais estavam tentando proteger o responsável pelo atropelamento que estava embriagado. Soube que é um usineiro, dono de uma loja de motocicletas. Ele foi visto por duas pessoas dirigindo o veículo no momento do atropelamento, mas quer dizer que a esposa é que estava conduzindo porque ela não estava embriagada”, disse Diego ao ParlamentoPB.
Daniel Alves, uma das testemunhas do atropelamento, acusou o empresário de agressão física: “Ele ia fazer uma ultrapassagem pela direita quando acertou o rapaz. Quando o carro parou, eles trocaram de lugar. Ele ainda me bateu. Tem dinheiro, né? Eu tenho certeza que era ele dirigindo”, disse.
A família e as testemunhas foram levadas para a Central de Polícia, onde o teste do bafômetro foi realizado somente três horas depois. Mesmo assim, o nível de embriaguez do suspeito era alto, embora não tenha sido divulgado o número exato. O representante do BPTran, Emmanoel Cavalcante disse que o bafômetro não foi utilizado no local do crime porque havia “muita confusão”. “O exame foi feito na delegacia e não prejudicou em nada. No rapaz, deu positivo, mas infelizmente pelo processo, o delegado não deixou revelar o valor. Mas, deu alto e criminal. O que eu posso dizer é isso”.
O casal foi liberado ontem mesmo, após prestar depoimento, onde o empresário garantiu que era sua esposa que estava ao volante na hora do acidente.
Blog do Jordan Bezerra
Com informações, Parlamentopb
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