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Paraíba notificou 218 novos casos de HIV em 2019

 

A Paraíba registrou 218 casos de HIV notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), segundo levantamento do último Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.

 

No domingo (1º), Dia Mundial de Luta contra AIDS, o médico infectologista do Hapvida em João Pessoa, Fernando Chagas, afirmou que o maior problema causado pela doença ainda é o preconceito. Ele revelou que as pessoas ainda temem o contato e até compartilhamento de objetos com portadores da doença e afirma que informação é a chave para derrubar tantas barreiras.


“O preconceito vive junto da ignorância. Por isso, a doença ainda é tão cruel. É o preconceito, pela falta de conhecimento, que ainda provoca verdadeiras injustiças. Na sociedade atual, nosso maior papel e desafio é informar e contribuir para que haja uma quebra desse ciclo de preconceito, que é pior que o próprio vírus da AIDS”, disse o especialista.


No Brasil, o maior número de registros do HIV está na região Sudeste, que soma um total de 6.377 casos. Já a região de menor registro é Centro-Oeste com 1.544 casos notificados. Fernando Chagas explica que a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) que atua atacando as células de defesa do corpo humano.


Mesmo com todos os casos já registrados, o Ministério da Saúde aponta também que 135 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil e não sabem. O especialista esclarece que na maioria das vezes os sintomas da doença são mínimos. “A pessoa pode até sentir um quadro febril nos primeiros dias após contrair o vírus, mas um quadro que não teria como diferenciar de uma gripe ou um quadro viral qualquer. Mas então ao se recuperar desse primeiro momento, a pessoa fica sem apresentar sintomas por meses ou até anos, enquanto o vírus, silenciosamente, vai destruindo a defesa do corpo, acabando com a imunidade e doenças que jamais se apresentariam em alguém com a imunidade normal, simplesmente começam a se apresentar”, explica.


Diagnóstico e Tratamento – O infectologista afirma que o diagnóstico é feito de forma muito simples e o teste é rápido. “Uma furadinha no dedo e, em 30 minutos, a pessoa sabe se é portador do vírus”, explica.


Após o diagnóstico da doença, o paciente deve ser acompanhado por um médico infectologista. Esse especialista será o responsável pelo tratamento e por acompanhar os números da defesa do paciente, além de tratar outras doenças que podem estar afetando o portador do vírus.


O médico afirma ainda que o acompanhamento deve ser feito pelo resto da vida. “O paciente, depois que inicia o tratamento, que consiste em comprimidos classificados como antirretrovirais, passa a ter uma vida totalmente normal. Mas jamais é possível abandonar o medicamento. Pois, se o paciente parar de tomar, o vírus retorna ao sangue e volta novamente a destruir a imunidade do paciente”, assegura.


Convivendo com o vírus – O médico Fernando Chagas explica que sempre que dá o diagnóstico, os familiares acabam procurando saber se devem evitar que o paciente segure um bebê da família, se o paciente precisa separar os objetos pessoais. “Eu sempre afirmo: O paciente não transmitirá o vírus com o beijo, nem com as lágrimas. Na verdade, esse paciente precisa ser protegido, acolhido e respeitado. Não se transmite compartilhando objetos, pratos, talheres. Pode conviver normalmente. E isso é algo difícil do povo aceitar”, conclui.


Assessoria

 

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