segunda-feira , 28 abril 2025
Lar Gerais MPF investiga ocupações por mansões e condomínios em área de preservação no Rio Espinharas, em Patos
Gerais

MPF investiga ocupações por mansões e condomínios em área de preservação no Rio Espinharas, em Patos

 

O Ministério Público Federal instaurou um inquérito civil para investigar ocupações irregulares nas Áreas e Preservação Permanente – APP no Rio Espinharas de Patos e o lançamento de efluentes sem tratamento no manancial. O procurador da República Tiago Misael disse nesta terça-feira (23) que entre essas ocupações irregulares estão condomínios, casas de luxo e também residências mais humildes, mas se encontram em área da União, às margens e até dentro do rio, que tem uma extensão de 9km, cortando a cidade de Patos.   


“Nossa ideia é tentar levantar a maior quantidade de dados possíveis sobre essas pessoas, identificar quem são os proprietários, os posseiros desses terrenos e tentar fazer com que o Município adote medidas administrativas contra essas pessoas, seja criando um modelo de compensação ambiental, em que as pessoas pagam alguma taxa para ocupar esse terreno, seja simplesmente, quando o dano ambiental for grande demais, a demolição dessas casas”, disse o procurador.   


Esse procedimento é originário do Ministério Público Estadual, instaurado em 2011. Como o rio Espinharas corta mais de um estado, por lei, o rio é federal, trazendo a competência para o MPF, por isso o procedimento foi remetido ao MPF.  


O procurador disse que o Ministério Público Estadual demarcou a APP e o MPF vai apurar se essas ocupações foram feitas de forma legítima ou se foram invadidas. “A gente está no começo dessa identificação das pessoas”, disse o procurador Tiago. 


Ele encaminhou ofício para a Prefeitura de Patos, para a UFCG, que tem um Campus de Engenharia Florestal que poderá ajudar na apuração, para a Cagepa, uma vez que há despejo de resíduos de esgoto no rio, e para a Sudema, para saber as medidas administrativas adotadas pelo órgão. “Depois de colher todas as informações, a ideia é convocar todos os órgãos para tentar firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com um prazo, com metas claras, para ver se a gente tenta minorar ou identificar e responsabilizar essas pessoas que estão causando dano ambiental”, afirmou. 


A portaria instaurando o inquérito foi publicada no Diário Eletrônico do MPF. 


 

 

 

 

Clickpb 

 

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Condições estáveis para o Papa no Gemelli, sem novas crises

  Sala de Imprensa da Santa Sé publicou um novo boletim com...

Saiba como será o atendimento do comércio e dos serviços nesta quarta

  Quarta-Feira de Cinzas não é feriado no Brasil, mas ela marca...

Acidente na BR-230: Carro colide com touro solto na rodovia entre São Mamede e Santa Luzia

  Na noite desta segunda-feira (3), um acidente envolvendo um carro e...

Paraíba registra mais de R$ 9 mil em multas por poluição sonora durante o Carnaval

  A Paraíba registrou mais de R$ 9 mil em multas aplicadas...