O senhor Paulo Alves da Silva, de 59 anos, mais conhecido em Malta por seu Bebé, região metropolitana de Patos, procurou o Blog do Jordan Bezerra, na noite desta quinta-feira (7), para denunciar que está sendo perseguido pela prefeitura de Malta.
De acordo com o relato de seu Bebé, faz 16 anos que mora em um grupo escolar municipal abandonado, no loteamento Tobias Marques, no Sítio Açude Novo, e que dia 6 de janeiro ele foi surpreendido por uma ordem extrajudicial de despejo, dando lhe 10 dias para deixar o prédio público.
Seu Bebé afirmou com veemência que essa ordem judicial só foi gerada porque ele se recusou a votar no candidato do prefeito Nael, que pedia para votar em Igor Rosa (PDT).
“Já são 16 anos que moro aqui, eu já fiz várias reformas, pois o local não tinha não, só fezes de cavalo e ovelhas. Morei todos esses anos e ninguém disse nada, morava tranquilo, agora, porque eu não votei no prefeito, estou sendo perseguido, isso é a verdade”, afirmou seu Bebé.
Por fim, o seu Bebé disse que não procurou a prefeitura para tentar um acordo, mas que vai procurar a gestão para ver se chegam a um acordo. Pois são 16 anos e só agora isso tá ocorrendo com ele.
O outro lado
O Blog do Jordan Bezerra procurou o prefeito de Malta, Igor Rosa (PDT), para ele esclarecer essa denúncia de seu Bebé. Como é do conhecimento de todos, a posse de qualquer bem público é inerente ao domínio e qualquer cidadão que ocupar imóvel público sem consentimento poderá ser despejado e perderá tudo o que houver incorporado, sem direito a qualquer indenização.
No caso em questão a prefeitura solicitou, com a posterior finalidade de reintegração de posse, a desocupação de um imóvel situado na Rua Dr. Sinhorzinho Fernandes, nas imediações do Loteamento Tobias Marques, onde anos atrás funcionava um grupo escolar.
A decisão foi pautada na necessidade de o município possuir um local disponível para servir de depósito/estoque para algumas secretarias municipais, mais especificamente da Educação e Saúde. Como o município atualmente está locando um imóvel para tal uso, e visando o corte de gastos, a notificação foi emitida e enviada ao cidadão ocupante do imóvel público em questão.
Durante anos, gestões passadas não interferiram nesse caso, chegando inclusive a arcar com despesas de água e eletricidade em nome do imóvel, mas de uso do ocupante. Em nenhum momento a questão se trata de perseguição política, mas apenas de contribuir com o corte de gastos públicos e de reintegrar o que é de direito do município.
Blog do Jordan Bezerra
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