Milton Ribeiro pediu exoneração do cargo de ministro da Educação hoje. A informação foi confirmada por fontes do Planalto ouvidas pela coluna. A assessoria do MEC (Ministério da Educação) ainda não confirma oficialmente.
Ribeiro esteve no Planalto por volta das 14h e conversou pessoalmente com Jair Bolsonaro (PL). A exoneração deve ser oficializada ainda hoje. Em princípio, ele deve ser substituído por Victor Godoy, secretário-executivo do MEC.
Auxiliares do presidente afirmaram que inicialmente foi estudada a possibilidade de Ribeiro se licenciar do cargo, mas foi decidido pela exoneração. Apesar disso, nas palavras de um auxiliar direto do presidente, após a sua defesa, Ribeiro poderia retornar ao comando do MEC “com mais tranquilidade”.
A decisão pela saída acontece uma semana após a divulgação de um áudio em que ele afirma que o governo federal prioriza prefeituras ligadas a dois pastores. Sem cargos, os líderes religiosos atuam em um esquema informal de liberação de verbas do MEC (Ministério da Educação), segundo reportagem da Folha de S.Paulo.
“Foi um pedido especial que o Presidente da República [Jair Bolsonaro] fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar [Santos]”, diz Ribeiro no áudio.
Antes da divulgação da conversa, o jornal O Estado de S. Paulo havia revelado que a dupla de pastores lidera um gabinete paralelo no MEC.
Ribeiro é o quarto ministro da Educação da gestão Jair Bolsonaro (PL). Ele assumiu em julho de 2020. O primeiro a deixar o cargo foi Ricardo Vélez Rodriguez, em abril de 2019.
Em seguida, Abraham Weintraub assumiu o cargo, mas permaneceu até junho de 2020 após insultar o STF (Supremo Tribunal Federal). O economista Carlos Alberto Decotelli foi nomeado para o posto em junho de 2020, mas não chegou a assumir. Depois de um mal-estar causado por uma série de informações falsas no currículo, o governo optou por nomear Milton Ribeiro.
Uol
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