segunda-feira , 28 abril 2025
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Jornalista Genival Júnior dá um depoimento sobre a epilepsia e a realização da sua cirurgia

Não sou neurologista, nem neurocirurgião, mas um jornalista e comunicador através das ondas do rádio.

Ao mesmo tempo, pude vivenciar por mais de quarenta anos o que vem a ser conviver com a epilepsia, doença que ainda representa tabu e ignorância para muitas pessoas.

Nesse período de vida, atravessei a infância, adolescência, juventude e entrei na vida adulta, sempre ouvindo das pessoas que eu precisava de cuidados especiais, quando na verdade o cuidado existe, mas não para todos os momentos da vida, pois consegui sempre ser uma pessoa com sonhos, objetivos e de muita coragem e determinação para lutar por todos eles.


É importante dizer a muita gente ainda desinformada, que a epilepsia não é uma doença contagiosa, mas contagioso é o preconceito daqueles que discriminam as pessoas que convivem noite e dia com a doença, sem saber que essas pessoas são capazes de vencer desafios, mais até do que aquelas ditas “normais”.

Ao longo dos meus 43 anos, tive na família o cuidado e o amor necessários para o enfrentamento desse que era um objetivo pessoal, pois ao ver que outras pessoas também com epilepsia, em casos bem mais acentuados que o meu, dependentes de dez ou mais drogas, realizarem a cirurgia e serem bem sucedidas, me senti encorajado para realizar o procedimento, na confiança em Deus de que tudo seria ocorreria bem.


Antes, aprouve a Deus permitir que atuasse no jornalismo patoense por quase 23 anos, onde segui carreira na radiofonia e nos trabalhos de assessoria, além de atividades paralelas que pude desempenhar no mesmo período.

A espera de pouco mais de oito meses, entre 8/4 a 15/12/2017, foi apenas a culminância do que busquei por mais de dez anos, junto a Associação dos Portadores de Epilepsia da Paraíba-ASPE-PB, representada pelo seu presidente João Hércules, pessoa no qual agradeço de público o empenho na minha causa.

Por isso, convivi com a epilepsia sabendo de riscos e condições reais que tinha, para sempre com fé em Deus e muita determinação da minha parte, vencer na vida, pois para que isso aconteça, necessário se faz nos agigantarmos diante dos problemas mais até do estes crescem diante de nós.

Ao invés de limitar a pessoa com epilepsia, como muitas vezes senti na pele, melhor seria que a sociedade acreditasse nela e desse o apoio que esta precisa para descobrir seus reais talentos e ajudar a ele próprio e sua família a vencerem na vida. Por isso, encerro minhas palavras dizendo: Precisamos acabar com o nosso preconceito e para vencê-lo, a informação ainda é o maior remédio.”

Folha patoense 

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