Existe uma desesperança que se mistura com revolta devido a situação lamentável e caótica em que se encontra a Maternidade Dr. Peregrino Filho e o Complexo Hospitalar Regional, em Patos.
Nesta terça-feira, dia 09, um funcionário enviou um desabafo sincero sobre a situação na Maternidade. O Patosonline.com reproduz na íntegra!
“Muito além dos salários…
Inicialmente peço desculpas pelo anonimato. É difícil relatar o que se segue sem sofrer retaliações, mesmo que seja reivindicando um direito garantido.
E desculpas também por ser mais um a relatar problemas da Maternidade Dr. Peregrino Filho, a imprensa deve estar cansada de ouvir denúncias. Acredito que está mais que na hora dos funcionários buscarem os órgãos legais. Mas nos resta a imprensa sem sofrermos retaliações. Parabéns pelo apoio que nos prestam relatando nossas dificuldades.
Sou um funcionário e venho relatar que os problemas são muito além do atraso de salários. Podem questionar com outros funcionários!
Falta copos descartáveis, falta papel higiênico, compressas cirúrgicas, material de expediente…. tudo está operando no limite, no mínimo.
No início de dezembro de 2018 tivemos de abrir contas num banco privado para recebimento de proventos. Tudo às pressas, pois a promessa é que o 13º salário já ia ser depositado nessas contas. Tudo já estava pronto: contratos, cartões, números das contas, tudo, com nossos endereços e dados pessoais já descritos nos contratos, tudo. E pra nada. Continuamos a receber nas contas habituais. Ainda me questiono se poderiam terem montado contratos e confeccionado cartões com nossos dados sem ao menos terem nos consultado ou solicitado documentos para comprovação (embora tivemos de levar cópias).
Agora estamos com contas abertas, sem possibilidade de portabilidade que nem nos foi permitida ou fechamento de conta, a não ser que caia um depósito na conta. Difícil.
O Informe de Rendimentos para declaração do imposto de renda 2019 foram informados errados com valores muito acima do que recebemos. Fato já publicado na imprensa. Mas pasmem, AINDA NÃO CORRIGIRAM E NÃO DERAM PREVISÃO DE ENTREGA.
E aí de quem for perguntar, viu? Teve gente que nem ousa mais perguntar pra não levar advertência ou respostas em tom ameaçador.
O que mais deprimente é a forma de tratamento. Ninguém nos relata, nos define algo. Ninguém, nem do Gerir e nem do Governo Estadual. O que sabemos é fonte da imprensa. Para quem estamos trabalhando, se Estado ou Gerir? Não sabemos. E cada dia continua na apreensão, sem ousar perguntar pra não ser mal visto. Nem mesmo os funcionários se unem. São dois ou três questionando, levando respostas num tom hostil, outros só nos comentários e outros na retaguarda, sem nem reclamar de nada, parecendo achar bom a situação para não desagradar.
Enfim, os problemas são muito além dos atrasos de salários! ”.
Edição: Jozivan Antero – Patosonline.com
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