O ex-prefeito de Catingueira, Edivan Félix, entrou em contato com a reportagem do Blog do Jordan Bezerra para explicar sobre as duas condenações impostas contra ele pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). Uma é referente a possíveis desvios de recursos. A segunda acusa o ex-prefeito de ter investido valores insuficientes na educação do município.
Edivan Félix foi condenado a uma pena de três anos, nove meses e 15 dias de reclusão, mas a pena foi revertida em prestação de serviços sociais.
Sobre a acusação de baixos investimentos na educação, Edivan Félix disse que é uma decisão injusta, pois o acusam de poucos investimentos. Mas ele afirma que ninguém investiu mais que ele na educação de Catingueira, tudo com recursos próprios do município. Ele disse também que vai recorrer da decisão.
“Eu fui o prefeito que mais investiu em educação no município de Catingueira. Além dos investimentos eventuais como merenda, fardamentos e tudo o que uma escola precisa, eu fiz 18 salas de aula com recursos próprios do município; construí 6 escolas e 8 grupos escolares, fiz uma escola no Assentamento Padre Luciano; reformei todas as escolas da zona rural; fiz um concurso público e nomeei 36 professores, e no mesmo ano levei todos à última referência do plano de cargos e salários; na época foi um aumento de 66%. Quando eu assumi, um professor ganhava uma miséria e todos passaram a ganhar bem. Eu deixei alocados os recursos para a climatização de todas as escolas públicas de Catingueira e dei dignidade aos professores, que na minha gestão receberam o maior aumento salarial da educação no município”, contou Edivan Félix.
O ex-prefeito explicou o motivo pelo qual os valores não atingiram a média. Segundo ele, muitos dos investimentos que ele fez não foram aceitos pela fiscalização, pois quando as equipes chegaram para verificar as obras nas escolas da zona rural, os alunos já haviam passado a estudar na cidade, devido ao nucleamento, que transferiu os alunos das comunidades para as escolas da zona urbana.
“O motivo dessa decisão é que as obras que eu fiz eles demoraram a fiscalizar e quando chegaram já não tinha mais aluno nas escolas, porque eu já tinha feito o nucleamento e as escolas da zona rural passaram a funcionar na cidade; e ninguém hoje quer voltar a estudar na zona rural. Se eles tivessem vindo na época que eu reformei as escolas iriam encontrar alunos em todas as escolas que eu fiz e reformei”, garantiu o ex-gestor.
Sobre a condenação criminal, Edivan Félix negou com veemência a acusação. Ele diz que nunca usou dinheiro público para benefício próprio.
“Eu jamais me apossei de dinheiro público. O Tribunal de Contas da União simplesmente não aceitou as documentações como foram feitas pela prefeitura, o que causou a recusa das informações. Sobre os cheques sem fundos, não houve prejuízos para o município. Não há nenhuma ação sobre execução de cheques sem fundos da prefeitura. Garanto que todos os cheques foram pagos, e eu não levei nada pra casa do que comprei. Tudo se originou porque a prefeitura comprava o que era necessário, mas no fim do mês não se recebia os valores esperados, o que causava esses atrasos nos pagamentos. Não existe nenhuma ação de execução de cheques sem fundo contra a prefeitura”, assegurou o ex-prefeito.
Edivan Félix afirmou ainda que reconhece a importância do trabalho do Tribunal de Justiça da Paraíba e do Tribunal de Contas da União e que respeita a decisão, mas que irá recorrer, pois há a possibilidade de recurso em ambas acusações.
Blog do Jordan Bezerra
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