O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) foi preso preventivamente na manhã desta sexta-feira (13) após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Moraes acusa o ex-deputado de participar de uma suposta milícia digital em ataques às instituições democráticas. A organização criminosa teria sido montada, principalmente, para atacar a próxima eleição.
O ex-deputado, presidente nacional do PTB, teve o pedido de prisão feito pela Polícia Federal (PF), que atribui a Jefferson a participação na milícia digita, que tem feito ataques sistemáticos às instituições, notadamente ao STF e também ao processo democrático.
Além da prisão, Moraes determinou busca e apreensão: “Desde já, autorizo o acesso a mídias de armazenamento (inclusive celulares, HDs, pen drives apreendidos, materiais armazenados em nuvem), apreendendo-se ou copiando-se os arquivos daqueles julgados úteis para esclarecimento dos fatos sob investigação”.
Recentemente, Jefferson, aliado do presidente Jair Bolsonaro, publicou um vídeo nas redes sociais dizendo que se não houvesse o voto impresso, não haveria eleição, reproduzindo o que foi dito por outras autoridades.
Nas redes sociais, o presidente do PTB publicou que a PF estaria em endereços de pessoas ligadas a ele. “A Polícia Federal foi a casa de minha ex-mulher, mãe de meus filhos, com ordem de prisão contra mim e busca e apreensão. Vamos ver de onde parte essa canalhice”. A mensagem foi divulgada pela filha de Jefferson, Cristhiane Brasil.
O advogado de Jefferson, Luiz Gustavo Pereira, divulgou uma nota. “O que a gente sabe é que é um mandado emitido pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, relativo a um inquérito novo, aberto no fim de julho, sobre milícias digitais. Ainda estamos nos inteirando dos fatos, te retorno mais tarde, quando tiver mais dados”.
Basília Rodrigues, Stéfano Salles, Teo Cury, Vianney Bentes e Gustavo Uribe, da CNN
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