segunda-feira , 28 abril 2025
Lar Esportes Éder Jofre, tricampeão mundial de boxe, morre aos 86 anos em São Paulo
Esportes

Éder Jofre, tricampeão mundial de boxe, morre aos 86 anos em São Paulo

 

O “Galinho de Ouro” enfim descansou. Um dos maiores boxeadores da história, tricampeão mundial do peso-pena, o brasileiro Éder Jofre morreu neste domingo, dia 2, aos 86 anos, em São Paulo. Ele estava internado desde março por causa de uma pneumonia e morreu em razão de complicações da doença. O paulista sofria de encefalopatia traumática crônica, doença conhecida por “demência pugilística”, dignosticada em 2015.


Jofre nasceu no dia 26 de março de 1936, na Rua do Seminário, no Centro de São Paulo e, ao deixar o esporte, tinha construído um invejável cartel de 81 lutas, 75 vitórias (52 por nocaute), quatro empates e duas derrotas. A paixão pelo boxe era algo inerente à família, que chegou a ter sete atletas na modalidade.

Desabamento traça um novo destino

 

Apesar da tradição familiar no boxe, a paixão pelo esporte ficou adormecida em Jofre, que desejava ser desenhista. Até que o teto do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo caiu e destruiu todo o seu material escolar.

Desiludido e incentivado pelo pai, o argentino naturalizado brasileiro José Aristides Jofre, ou apenas Kid Jofre, o futuro tricampeão mundial de boxe iniciou seus treinamentos. Aos 14 anos, começou a nascer o Galinho de Ouro do Brasil, que ia conquistar os títulos de peso pena pelo Conselho Mundial de Boxe (WBC) e do peso galo também pela WBC e pela Associação Mundial de Boxe (WBA).

 

– Comecei a treinar para lutar com 14 anos. E com 16 anos fiz o meu primeiro combate, no Campeonato do Sesi, em 1952 – contou Jofre, em entrevista à TV Globo, em 2011.

 

 

Sob as bênçãos do pai

 

Kid Jofre foi tudo na vida do filho. Dono de uma academia de boxe, onde atletas do São Paulo Futebol Clube treinavam, ele não só ensinou como esteve ao lado de Éder até morrer de câncer no pulmão, em março de 1974.

– Me lembro da última luta em que ele esteve, já muito debilitado pela doença. Mesmo assim, fez questão de ser meu treinador no córner. E a cada intervalo ele subia e descia os degraus do ringue e fica muito cansado. Então, tentei terminar a luta o mais rápido possível só para ele não ficar cansado – contou Jofre.

 

Nariz quebrado e fim do sonho olímpico

 

Aos 20 anos, um ano antes de se tornar profissional, Éder Jofre disputou aquela que seria a sua única Olimpíada, em Melbourne 1956. A fama do brasileiro que tinha um futuro promissor no boxe já percorria o mundo e ele chegou na Austrália como favorito.

Mas, durante um treinamento, seu pai, Kid Jofre, optou por colocá-lo para praticar contra um lutador de uma categoria mais pesada. E durante a movimentação, Éder teve o nariz quebrado, mas mesmo com dificuldades para respirar decidiu continuar nos Jogos.

 

Globoesporte 

 

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Esporte Clube de Patos convoca Assembleia Geral Eletiva para eleição da nova diretoria

  O Esporte Clube de Patos anunciou a realização da Assembleia Geral...

Radialista denuncia arbitragem e classifica eliminação do Sousa como “assalto”

  O Sousa Esporte Clube deu adeus à Copa do Brasil após...

Quase: Sousa leva empate no último lance dos acréscimos e é eliminado pelo RB Bragantino nos pênaltis

  Nesta quinta-feira, no Estádio Marizão, em Sousa (PB), o RB Bragantino...

Yuri Alberto brilha no final, Corinthians supera sufoco e se classifica na Libertadores

Nem o mais pessimista torcedor do Corinthians previa um cenário tão dramático....