Um projeto polêmico chegou à Câmara Municipal de Itaporanga, no Vale do Piancó, Paraíba, na última quinta-feira (23). O projeto trata da desmunicipalização do trânsito da rainha do Vale. Isso tem mexido com muitas pessoas, especialistas, populares, que vêm questionando por que essa mudança do gestor Divaldo Dantas, haja vista que já se passaram três anos e sete meses e ele não falou nada sobre o projeto.
Segundo informações apuradas pelo Blog do Jordan Bezerra, a maioria dos parlamentares que foram reeleitos e, à época, votaram a favor da aprovação da municipalização do trânsito, hoje estão do lado do prefeito e a tendência é que votam para desfazer o que eles mesmo fizeram. Realmente um contrassenso. O projeto de municipalização foi instituído pelo prefeito Djacir Brasileiro, mas a Superintendência Municipal só foi criada no fim da gestão Audiberg Alves, mais conhecido por ‘Berguinho’.
Muitos especialistas em trânsito dizem que este não é o caminho. Pelo contrário, voltar atrás é regressar, pois a cidade de Itaporanga está em desenvolvimento e precisa de um trânsito organizado.
Baseado nessas informações, na manhã deste sábado, dia 25 de julho, a reportagem procurou ouvir a opinião de Maurício Alves, que foi superintendente de Trânsito em Patos, foi diretor do DETRAN da Paraíba, diretor do Departamento Nacional de Trânsito e foi diretor de Trânsito em São Paulo e consultor internacional em mobilidade de trânsito na América Latina. Ele lamentou a atitude do prefeito e disse que é um grande retrocesso caso esse projeto seja aprovado na câmara.
Como diretor do Detran da Paraíba, à época, demos total apoio à criação da Superintendência de Trânsito de Itaporanga. Como Denatran, demos suporte às ações de fortalecimento da superintendência que tem primado sempre por preservar vidas. A municipalização do trânsito é um avanço significativo para qualquer município e enquanto estamos vendo municípios como São Bento que, em pouco tempo de municipalização, já avançou significativamente no controle de seu tráfego de veículos e na redução do número de vítimas, acompanhamos com muita tristeza e preocupação esse péssimo exemplo em uma cidade tão importante do nosso sertão e, com certeza, a população e o Ministério Público irão agir para que se evite não apenas o fim da superintendência de trânsito, mas que não se permita a existência de um trânsito local sem ordem ou coordenação que, com certeza, resultará no crescimento do número de acidentes e vítimas”, comentou Maurício Alves.
Banner de divulgação do evento de Instituição da Municipalização do Trânsito em Itaporanga-PB
Além da extinção da Superintendência Itaporanguense de Trânsito e Transportes, o projeto prevê ainda o fim do Fundo Municipal de Transportes e Trânsito Urbano – FMTTU. Segundo o texto, o objetivo é acabar com a Fábrica de Multas e utilizar os recursos destinados ao órgão para o enfrentamento das dificuldades pós-pandemia. Leia abaixo o projeto na íntegra:
Blog do Jordan Bezerra
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