segunda-feira , 28 abril 2025
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Daniella Ribeiro diz que 80 senadores pediram que ministro das Relações Exteriores deixe cargo

 

 

A senadora Daniella Ribeiro questionou a atuação do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, na condução das negociações internacionais em meio à pandemia do novo coronavírus. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta quinta-feira (25), a parlamentar paraibana relatou ter dito a seguinte frase ao ministro: “em dois dias o Senado fez o que o senhor não fez em dois anos.” O ministro deixou o cargo nesta segunda-feira (29).

 

 

“O ministro das Relações Exteriores (Ernesto Araújo), que ontem (24) esteve no Senado, ele recebeu de 80 senadores, isso nunca aconteceu no nosso país, reprimenda e pedido de saída (do Ministério). Isso significa dizer que hoje ele não tem condições de negociar vacina com países aliados, com os que produzem, inclusive com o Brics, onde o Brasil é o único que ainda não mostrou ter essa condição de discussão. O ministro não tem condição de sentar à mesa junto à China e aos Estados Unidos, por tudo que ele tuitou contra a China, chamando de ‘vachina’, dizendo que quem tomasse a vacina era comunista, toda parte ideológica, dizendo que (Joe) Biden ganhou a eleição (nos Estados Unidos) no roubo. Então tudo que foi de agressividade, infelizmente, trouxe prejuízo”, pontuou a senadora em entrevista ao Arapuan Verdade.

 

 

Daniella Ribeiro destacou a letalidade do coronavírus e como ele atingiu quase 4% dos senadores, que perderam a vida para a Covid-19, inclusive o senador paraibano José Maranhão. “Se vocês olharem, dos 513 deputados federais, nenhum morreu pela Covid. Mas, do Senado, por termos 81 (senadores), quase 4% perdeu a vida pela Covid. Pode-se dizer ‘ah, mas porque eram idosos’, como foi com o nosso conterrâneo José Maranhão e o Arolde de Oliveira (do RJ). Mas o Major Olímpio já pegou uma cepa mais pesada, e com 59 anos perdeu sua vida.”

 

 

Ela lamentou o fato da pandemia ter sido tratada de forma ideológica, o que causou divisão com a ciência. “O presidente insistiu em uma retórica diferenciada, onde tinha um entendimento ideológico, partilhado por grande parte dos seus ministérios. Lamentavelmente, nessa divisão de entendimento de ciência e ideologia, isso confundiu bastante a nação brasileira e é óbvio que trouxe muito prejuízo.”

 

 

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