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Correios lança selo pelos 100 anos de Jackson do Pandeiro

 

Neste sábado (25), às 10h, os Correios lançam um selo personalizado em homenagem a Jackson do Pandeiro. O evento faz parte das comemorações ao centenário do artista no Estado e será realizado no Memorial Jackson do Pandeiro, no centro da cidade de Alagoa Grande, a 117 km de João Pessoa, sua terra natal.


José Gomes da Silva, nome de batismo de Jackson do Pandeiro, foi cantor e compositor de forró e samba. Por sua forma única de dividir as frases musicais e a genialidade no domínio do pandeiro, Jackson ganhou o apelido de Rei do Ritmo.


O selo traz a imagem do músico, um desenho feito pelo jovem Anderson Chaves, de 17 anos, conterrâneo de Jackson, sobreposto à marca do centenário, desenvolvida pelo também alagoa-grandense Walter Júnior. O selo poderá ser adquirido em todo o país, nas agências dos Correios, até março de 2020.


“Um selo é uma das maiores homenagens que pode ser feita a alguém”, disse Marcelo Félix, secretário de cultura de Alagoa Grande. “Os Correios têm uma história consolidada no país em tempo, confiabilidade prestação de serviços e abrangência. Criar uma homenagem que pode ser replicada em todo o país é algo gigantesco”, avaliou.


“Para nós foi uma grande surpresa a proporção que as homenagens tomaram. É um sentimento de Gratidão e de muita Alegria”, disse Kátia Gomes, sobrinha de Jackson.


O selo traz a imagem de Jackson, um desenho feito pelo jovem Anderson Chaves, de 17 anos, conterrâneo de Jackson, sobreposto à marca do centenário, desenvolvida pelo também alagoa-grandense Walter Júnior.


Rei do Ritmo


Pela sua forma única de dividir as frases musicais e a genialidade no domínio do pandeiro, Jackson ganhou a alcunha de Rei do Ritmo. A influência de Jackson atinge artistas de todos os estilos.


“O título de rei do Ritmo é mais que justo”, diz Val Donato, cantora e compositora paraibana. “Não só pelo que fazia primorosamente no pandeiro, mas pela forma de dividir a música e o canto. Fez escola da qual se aprende e bebe da fonte até hoje, de maneira a embasar o fazer musical brasileiro. Sempre antenado com a música moderna, misturou as influências e criou o samba-rock. Além de aprimorar ritmos como o coco, Baião, maracatu, samba e outros”, explica.


Matheus Pimenta, músico paraibano, ressalta o alcance do som de Jackson. “Jackson quebrou barreiras e levou para um outro patamar a cultura de coco/repente/embolada, fazendo com que esses estilos fossem conhecidos em outros rincões. Além disso, sua forma de cantar e seus padrões rítmicos heterodoxos também foram de extrema importância para a consolidação da complexidade rítmica da música brasileira”, diz.


Zé Gomes, um dos sobrinhos de Jackson, é músico, e diz que a influência de seu tio já vem no sangue. “Pra início de conversa, o primeiro instrumento de percussão que aprendo a tocar e o pandeiro. Logo depois me torno músico profissional, e em 1977, passei a trabalhar com o saudoso Dominguinhos. Sem dúvida, tenho muito orgulho em ter nascido no berço do forró, e ter aprendido com meu tio, não só nas artes, mas também na formação de ter caráter e profissionalismo”, conta.


De onde veio Jackson?


Ainda criança, José, mesmo debaixo das chineladas de desgosto da mãe, insistia em ser chamado de Jack (era fã do ator norte-americano de faroeste Jack Perrin). “Quem já se viu colocar o nome de José num filho, e ele querer ser chamado de Jack?”, reclamava Flora. Vai saber. De nada adiantou, apelido é coisa que pega como poucas nessa vida. Dona Fllora não devia saber disso, mas nem Jack Perrin era Jack de nascença, seu nome de batismo era “Lyman”.


Em Campina Grande, Jack virou Zé Jack, depois, Jack do Pandeiro. Trabalhava como engraxate na feira central e ajudante de padaria. Nos momentos de folga, acompanhava artistas populares, coquistas e violeiros. Arranjou um trabalho na noite, no cassino Eldorado.


Nos anos 40, Zé Jack mudou-se para a capital do estado, João Pessoa. Foi contratado para tocar Rádio Tabajara, junto com o maestro Nozinho. Quando Nozinho foi contratado pela Rádio Comércio, de Recife/PE, em 1948, levou Jack, que virou Jackson, “mais sonoro”, segundo o diretor de um programa de rádio.

 

Portal Correio 

 

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