segunda-feira , 28 abril 2025
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Cidades aplicam todas as doses antes de receber segundo lote

 

Prefeituras e governos estaduais têm adotado critérios diferentes para a aplicação da vacina contra a Covid-19, o que pode prejudicar a eficácia da imunização no Brasil. Enquanto alguns governos locais decidiram racionar o fármaco para garantir que todos do grupo prioritário recebam as duas doses dentro do prazo recomendado pelos laboratórios, outros optaram por usar toda a remessa de CoronaVac, vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, já na primeira aplicação.

 


Mesmo com a liberação de um segundo lote da CoronaVac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ontem, podem faltar unidades para a segunda dose, apontam infectologistas. A diferença entre os dois lotes da vacina que já tiveram o uso aprovado pelo governo brasileiro é de 1,2 milhão de doses. No último dia 17, a Anvisa liberou 6 milhões. Ontem, 4,8 milhões.

 

 

Essa conta não deve ser afetada pelos 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford, importadas da Índia, que chegaram ao país no fim da tarde de ontem. O carregamento faz parte de uma parceria firmada com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Esse antígeno não pode complementar a primeira dose da CoronaVac.

 

 

Para garantir a eficácia da vacinação, a segunda aplicação da vacina do Butantan deve ser feita em até 28 dias. Quem recebeu a primeira dose na segunda-feira passada, por exemplo, deve tomar a segunda até 15 de fevereiro. O governo paulista teria que receber os insumos para a fabricação da vacina, portanto, no fim deste mês, já que leva 20 dias para produzir a CoronaVac. A liberação da matéria-prima, que vem da China, ainda está em negociação.

 

 

O intervalo entre as duas doses de CoronaVac sugerido pelo Butantan é o limite máximo recomendado pela Anvisa para que a eficácia máxima da CoronaVac seja alcançada. Ontem, a agência informou que os prazos descritos nas bulas devem ser respeitados: de duas a quatro semanas para a CoronaVac; de quatro a doze semanas para a vacina da Oxford.

 

Governos estaduais, responsáveis por dividir as vacinas entre as prefeituras, negam que vá faltar vacina para aplicar a segunda dose em quem já foi imunizado. Isso não impediu que prefeituras, algumas vezes vizinhas, adotassem regras diferentes. Em São Paulo, a maior parte dos municípios tem seguido a orientação do governo estadual para usar toda a remessa de CoronaVac enviada nesta semana.

 

 

Uma exceção é Guarulhos, que decidiu dividir em dois o lote de 13.680 doses recebidas do imunizante “por conta das incertezas geradas pelos problemas com a importação de insumos e imunobiológicos”. Em nota, o governo paulista afirmou que a “falta de agilidade na disponibilização de vacinas por parte do Ministério da Saúde obriga os estados a programar remessas fracionadas até que venham novos lotes”.

 

 

O Globo

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