As intensas precipitações que afetam Natal e municípios nas regiões metropolitanas e Agreste potiguar desde segunda-feira são incomuns para este período do ano, caracterizando um evento histórico, conforme destacou o meteorologista Gilmar Bristot, da Empresa de Pesquisas Agropecuárias do Rio Grande do Norte (Emparn).
Brejinho, na região Agreste, foi a única cidade a registrar mais de 300 milímetros de chuva em um único dia, de acordo com os registros da empresa estatal. Esse volume representa metade do esperado para o município durante todo o ano, segundo o especialista.
Em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi, Bristot ressaltou a situação excepcional, especialmente para novembro, um mês que geralmente não apresenta chuvas no interior e no litoral do estado. Ele explicou que os 300 milímetros captados equivalem a 300 litros de água por metro quadrado, ao longo de 24 horas.
O meteorologista atribuiu as chuvas principalmente à influência do fenômeno El Niño no oceano, que causou uma intensa circulação de ventos, incluindo o Vórtice Ciclônico de Ar superior.
Apesar de prever chuvas ao longo desta terça-feira, Bristot indicou que o volume será menor no litoral. A expectativa é de que as chuvas cessem na região até quarta-feira, persistindo no interior do estado até o fim de semana.
Bristot também destacou um cenário raro no litoral potiguar, com uma noite de relâmpagos e trovões, algo incomum para uma época do ano com pouca instabilidade climática na região. Ele explicou que isso se deve à atuação de um vórtice ciclônico, ao aumento da temperatura no oceano Atlântico e à liberação de mais umidade para a atmosfera.
Blog do Jordan Bezerra
Com informações do G1 RN
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