O procurador da República Renan Paes Felix, irmão de um dos menores condenados por estupro no caso do Colégio GEO, publicou nesta quinta-feira (25) um desabafo sobre a situação do jovem e sobre o processo com um todo, em suas redes sociais.
No texto, Renan faz críticas à condução do caso. Segundo ele, a família tomou conhecimento de que os supostos atos teriam ocorrido no período da tarde, mas o jovem de 17 anos estudava apenas pela manhã. A vítima, de 8 anos, teria reconhecido o irmão por fotografia.
Renan segue, afirmando que pediu ao pai para ler o processo. Ele afirmou que, ao analisar, teria confirmado uma “injustiça”: “uma ampla sucessão de erros. Diz-se que a queda de um avião nunca ocorre por um erro isolado, mas por uma sequência de falhas. A condenação de um inocente segue a mesma lógica”.
O procurador relata que alguns dos jovens que confessaram o ato contra a criança apontaram o envolvimento de outro adolescente parecido fisicamente com seu irmão, mas o mesmo teria sido excluído do processo pela Promotora Ivete Leônia Arruda.
“O fato mais estarrecedor, e que também merece apuração com rigor por parte da Corregedoria do Ministério Público da Paraíba, é que a mãe do “Fulaninho” ignorado por Dra. Ivete é servidora do Ministério Público da Paraíba. É dizer: trabalha no mesmo órgão que fez a investigação… A douta Promotora esqueceu em sua representação até de chamar o “Fulaninho” como testemunha. São fatos gravíssimos e exigimos total esclarecimento e apuração de responsabilidades, pois um inocente, em razão disso, foi execrado publicamente, e inclusive, condenado injustamente”, apontou.
Ele ainda afirma que, na sentença proferida nesta semana, o Juiz da Infância e Juventude, Sr. Luiz Eduardo Souto Cantalice, não individualizou a conduta do seu irmão ou a necessidade imperiosa da medida mais grave, ao decretar a sua internação. O procurador diz que há citação de jurisprudência e referência à gravidade dos fatos.
Portal WSCOM
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