segunda-feira , 28 abril 2025
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Até quando Manoel Júnior aguentará calado ser escanteado por Luciano Cartaxo?

 

Antes de abordar o tema aqui no blog, resolvi esperar uns dias para que alguma voz se levantasse em defesa de Manoel Júnior. Mas, como neste período não surgiu uma única alma viva para se solidarizar com o vice-prefeito de João Pessoa, decidi, então, compartilhar com os leitores alguns questionamentos que tenho me feito.


Inicialmente, vamos a uma breve cronologia dos fatos…


O primeiro baque…


Antes do fatídico dia 7 de abril, aliados de Manoel Júnior alardearam pelos quatro cantos da Paraíba a existência de um acordo firmado em 2016 para que o prefeito Luciano Cartaxo renunciasse ao cargo em 2018 para disputar a sucessão do governador Ricardo Coutinho. A operação garantiria a ascensão do vice-prefeito ao comando da maior prefeitura do Estado.


O que parecia certo, contudo, não se concretizou. Surgia ali a primeira e grande frustração de Manoel Júnior e seus aliados.


O segundo baque


Dias após, ainda tentando se recuperar do primeiro baque, Manoel Júnior anunciou sua filiação ao PSC, objetivando compor a chapa majoritária das oposições comandada por Luciano Cartaxo e o senador Cássio Cunha Lima. No primeiro momento, aliados cogitaram a pré-candidatura do vice-prefeito a governador, mas, com a definição do nome de Lucélio Cartaxo – irmão gémeo do prefeito da Capital -, uma vaga de senador foi definida.


Acontece que, enquanto Manoel Júnior se articulava na Paraíba para ser o companheiro de Cássio ao Senado na chapa encabeçada pelo irmão de Cartaxo, em Brasília, uma reunião sacramentava o nome de Raimundo Lira.


A partir da reunião de Brasília, a chapa Lucélio (governador) e Cássio e Lira (senadores) foi fechada. Foi o segundo baque dado em Manoel Júnior por Luciano Cartaxo.


O terceiro baque…


Além de ser rifado da chapa majoritária, Manoel Júnior viu o prefeito de João Pessoa escalar dois de seus principais auxiliares – Zennedy Bezerra e Diego Tavares – para representar o grupo cartaxista nas disputas deste ano por vagas na Assembleia Legislativa da Paraíba e na Câmara dos Deputados.


Pelos movimentos de bastidores já deflagrados, Zennedy será candidato a deputado estadual e Diego à Câmara Federal. E ambos com o apoio da estrutura da Prefeitura de João Pessoa.


Enfim, os questionamentos…


O que restará agora ao vice-prefeito Manoel Júnior, que renunciou ao seu mandato na Câmara dos Deputados sonhando em assumir a Prefeitura da Capital?


O vice-prefeito terá mesmo peito para romper politicamente com o esquema de Cartaxo se recompor com o grupo do senador José Maranhão?


Ou Manoel Júnior vai mesmo interromper de forma prematura sua vitoriosa carreira política?


Resumo da ópera…


Só Manoel Júnior poder responder essas e outras perguntas. A questão é saber até quando ele aguentará a tudo isso calado?


P.S.


Nesta segunda-feira (30), em entrevista à Rádio Arapuan FM, o senador Raimundo Lira confirmou a exclusão do nome de Manoel Júnior da chapa cartaxista/cassista.

 

ParaíbaJá

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