O Estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do Brasil, foi a unidade da Federação com a maior recuperação do PT entre 2018 e 2022.
Com 99,1% das urnas apuradas, os paulistas tinham dado 4,3 milhões de votos a mais em Lula do Fernando Haddad conquistou no Estado em 2018.
O petista perdeu de Bolsonaro no Estado por 55,24% a 44,76%. A diferença, porém, é muito menor do que há 4 anos, quando o militar venceu Haddad por 68% a 32%.
Além de São Paulo, Minas Gerais também foi responsável pelo maior aumento de votos em relação a 2018: 1,8 milhão de votos a mais. O Rio de Janeiro também teve papel de destaque: Lula teve 1,5 milhão a mais em relação a Haddad.
O Sudeste foi a região na qual o candidato do Partido dos Trabalhadores mais cresceu em relação ao pleito de 4 anos atrás. Foram 7,8 milhões de votos a mais, número acima da variação de votos no PT em todas as outras regiões.
Lula teve pouco mais de 2 milhões de votos de dianteira de Bolsonaro, a menor distância entre dois candidatos desde a redemocratização.
Ou seja, se a campanha de Bolsonaro tivesse conseguido conter metade da conversão dos eleitores paulistas a Lula em 2022, o presidente teria sido reeleito.
Os bolsonaristas arrependidos no Sudeste, assim, podem ser considerados os responsáveis pela volta do PT ao poder.
Poder 360
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