segunda-feira , 28 abril 2025
Lar Opinião POR QUE JOÃO AZEVEDO TERÁ DIFICULDADES PARA SE REELEGER. POR FLÁVIO LÚCIO VIEIRA
Opinião

POR QUE JOÃO AZEVEDO TERÁ DIFICULDADES PARA SE REELEGER. POR FLÁVIO LÚCIO VIEIRA

 

 

Em entrevista recente à rádio Arapuã, o governador João Azevedo teve de responder a um ouvinte a seguinte e pueril indagação: qual a obra estruturante realizada durante o atual governo? Segundo o jargão administrativo, uma obra estruturante é aquela que produz efeitos de médio e longo prazos na economia de um estado e no bem-estar de sua população.

 

Pois bem, João Azevedo não foi capaz de citar uma única obra estrurante iniciada e concluída em sua administração. Mencionou reformas de escolas (que não é obra estrurante, mas é bom lembrar que o governo atual não construiu nenhuma nova escola, como admitiu o próprio secretário de educação), asfaltamento de ruas, e não foi muito além.

 

 

Lembrou do Centro de Convenções de Campina Grande, porém, quem dispor de tempo para visitar a obra, constatará que nem um único tijolo foi lá colocado (veja foto acima). Como tantas obras anunciadas, o Centro de Convenções da Rainha da Borborema não passa de mais uma promessa, mesmo com o aporte de mais de R$ 33 milhões provenientes de emendas parlamentares dos senadores Veneziano Vital e Nilda Gondim. Aliás, exclua os investimentos federais e com recursos de emendas parlamentares que sobrará pouca coisa de iniciativa do atual governo, sobretudo com recursos próprios.

 

 

Não há novas obras estruturantes e as que João Azevedo herdou do governo de Ricardo Coutinho padecem com a falta de manutenção, como as estradas.

 


Em 2018, Ricardo Coutinho concluía um governo que tinha como uma de suas principais marcas a realização de obras estruturantes em áreas estratégicas do governo (adutoras, estradas, escolas técnicas, inúmeros hospitais, como o Metropolitano, em Santa Rita, entre tantas ações). Foi esse portfólio que permitiu ao então governador não só apresentar o desconhecido João Azevedo como seu candidato a governador, como elegê-lo em primeiro turno, fato inédito na política paraibana.

 

 

Em 2018, Ricardo Coutinho tinha discurso, ou seja, tinha um governo de realizações a apresentar e a defender. Tinha, portanto, como justificar a continuidade do seu governo pelas mãos de um obscuro secretário sem carisma algum, o que aumenta ainda mais o feito político de Ricardo Coutinho que foi eleger esse secretário no primeiro turno.

 

 

Em 2022, João Azevedo não terá o que mostrar ao eleitorado para justificar o pedido para mais quatro anos de governo. Vai tentar tirar leite de pedra, como o asfaltamento de ruas de pequenas cidades, e não resistirá a uma simples comparação com o governo do seu antecessor, que estará no palanque de Veneziano Vital, outro apoiador traído de 2018.

 

 

E a ausência de obras estruturantes é só parte do problema de João Azevedo. A perda crescente de apoio político e eleitoral é outra faceta de uma derrota que se anuncia, mas essa será a segunda parte deste artigo.

 

 

FLÁVIO LUCIO VIEIRA

 

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Padre Fabrício celebra 16 anos de evangelização realizados com Amor – por Jordan Bezerra

  O padre Fabrício Dias Timóteo, que pertence à Diocese de Patos,...

Umas e Outras

  Nabor Wanderley vai entregar à população patoense um verdadeiro cemitério de...

Três anos de saudades de meu pai, Miguel Lilioso, por Jordan Bezerra

  Hoje, 5 de abril de 2024, a saudade se renova em...

Futebol de Patos precisa de um Aldeone Abrantes – Por Jordan Bezerra

  Quem acompanha o futebol de Patos está se questionando sobre o...