O ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho foi entrevistado em um programa de Podcast, Mangaba Cast, comandado pelo jornalista Adelton Alves e Marcelo Lira, o surfista, na noite dessa segunda-feira, dia 7 de fevereiro. Em uma conversa de mais de duas horas de duração, o ex-governador abriu o jogo e falou sobre vários temas polêmicos, a exemplo do rompimento com João Azevêdo, Operação Calvário e eleições.
Ricardo disse que há um aparelhamento que quer destruí-lo, se referindo à Operação Calvário, e que existe o poder da mídia que, de certa forma, levanta a hipótese de corrupção envolvendo o nome dele e criticá-lo: “Não me deixaram morrer”. Ele disse que não foi comprovado que houve superfaturamento, que ele tenha participado de corrupção, mas houve um mecanismo do atual governador de comprar aparelhos de hospitais por fora do contrato , e isso deu comparando os gastos que ele (RC) tinha superfaturado, o que não ocorreu. Deu a entender que o aual governador quis lhe prejudicar usando de má-fé e que ele ajudando ao Ministério Público prejudicando a sua pessoa. “Eu tenho o ofício e posso provar”.
Questionado se Ricardo teria escolhido mal o nome do seu sucessor, se referindo a João Azevêdo, quando era secretário. Ricardo disse que ele conduziu bem, mas quando assumiu se perdeu, pois não tem comando e, deu ouvidos aos aliados que não deveria, a vaidade pelo poder, a sombra de Ricardo o fez perder-se e se afastar dos verdadeiros aliados. Ele lamenta a situação porque o estado está parado há três anos.
“Agora, amigo querem me culpar? Mas não fui eu que trai, mas na verdade fui traído junto com a Paraíba, afirmou RC”.
Sobre a segurança pública, ele disse que a Bolsa Desempenho foi criada por ele e que em sua gestão a PM conseguiu reduzir os números da violência no estado nos 8 anos do seu governo, comprou equipamentos, novas viaturas e organizou a instituição. “A verdade que na época ninguém PM reclamou da Bolsa Desempenho, isso é que é verdade”.
Questionado sobre o porquê de ele não ser candidato em 2018, ele disse que, em defesa do projeto que vinha dando certo, abdicou do poder para ajudar na eleição de João Azevêdo, que segundo ele afirmou que se RC se afastasse ele não aguentaria nem dois meses e cairia fora, mas pra não abandonar o atual governador ele se sacrificou.
Ele disse que será candidato ao Senado, com o apoio do ex-presidente Lula, em 2022. Ele disse que Lula não é criança, é superinteligente e sabe que sempre esteve do lado dele, e, portanto, tem o apoio de Lula para as próximas eleições.
Em relação ao pleito para governador, questionado sobre quem seria o candidato, Ricardo disse que [e uma decisão do diretório nacional do PT, mas ou será o senador Veneziano ou Lígia Feliciano. Ele disse que vai obedecer a decisão do diretório.
Por fim, ele foi questionado se tinha medo de ser impedido de ser candidato, ele afirmou que, embora suas contas tenham sido reprovadas pelo TCE-PB, ele disse que foi o governador que mais trabalhou e foi o único que teve as contas reprovadas pela corte. Mas como não foi reprovação por desvio, ou imputação do débito ao estado, nem nada do tipo, não tem como ele ficar inelegível por isso.
O vídeo com a entrevista na íntegra segue abaixo:
Blog do Jordan Bezerra | Política
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