O Secretário de Estado da Segurança e da Defesa Social da Paraíba, Jean Nunes, foi entrevistado por telefone nesta segunda-feira (24), no programa Polêmica, da Rádio Espinharas FM de Patos, e deu explicações sobre a situação envolvendo a negociação entre as entidades representantes do movimento da Polícia Militar e o Governo da Paraíba.
De acordo com o secretário, já ocorreram avanços na negociação, pois o Governador João Azevêdo ofereceu revisão de cargo e carreira, proposta de reajuste em mais de 90% no valor da hora extra, incorporação de 100% na gratificação, reajuste imediato de 10% no salário geral, além de 20% no atual vencimento e a incorporação da bolsa desempenho para ativos e inativos, respeitando os limites finenceiros para negociação do estado.
“Não podemos deixar de reconhecer os avanços para mergulhar simplesmente no componente político”, disse o secretário.
Ele considerou justo o movimento dos militares e lembrou que os inativos antes perdiam mais de 40% ao se aposentar, e da parcela de 20% agora e mais 80% ao longo de 4 anos, divididos em 20% cada ano até fechar em 100% na incorporação da gratificação ao salário, mas lamentou a interferência de alguns políticos no movimento, que estão buscando dividendos no ponto de vista pessoal e partidário contra o governador, o que estaria atrapalhando as negociações.
O gestor disse que o movimento não pode ser utilizado de forma política e se mostrou preocupado com os rumos do movimento e do processo de negociação, que segundo ele tem sido transparente entre as duas partes, e ao mesmo tempo temeroso que a sociedade perca a confiança na polícia.
Até o momento, o movimento Polícia Legal não aceitou a proposta do Governo da Paraíba e está sendo exigido um prazo menor para efetivação da incorporação ao salário da categoria. Em meio a crise, a Polícia Civil e Penal já aceitaram a proposta do Governo e agora apenas a Polícia Militar segue sem um acordo.
Há cerca de 20 dias, a Polícia Militar deflagrou o movimento Polícia Legal, reivindicando reajuste salarial, revisão no valor da hora extra, incorporação na chamada bolsa desempenho e gratificação, dentre outras exigências. Com o início do movimento, a sociedade viu uma queda drástica no número de policiais nas ruas, pois muitos estavam nas ruas em decorrência da hora extra por motivos do baixo contingente na corporação. O resultado foi o aumento da criminalidade e delitos em decorrência da ausência de guarnições nas vias públicas.
Blog do Jordan Bezerra
Com informações, Jozivan Antero – Polêmica Patos
Deixe um comentário