Em novo discurso, desta vez realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar, nominalmente, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda em sua fala, Bolsonaro colocou em dúvida a realização das eleições do próximo ano e afirmou que não será preso.
Ele repetiu frases ditas no discurso em Brasília, mas desta vez citando nominalmente os ministros do Supremo Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
“Ou esse ministro se enquadra ou ele pede para sair.Não vamos mais permitir que pessoas como Alexandre de Moraes continuem a açoitar a nossa democracia. Não se pode admitir que uma pessoa apenas, turve a nossa liberdade. Dizer a esse ministro que ele tem tempo ainda para se redimir. Tem tempo ainda de arquivar seus inquéritos”, disse.
Ao fim, ainda gritou palavras contra o ministro, o chamando de canalha: “Sai Alexandre de Moraes, deixa de ser canalha, deixa de oprimir o povo brasileiro, deixa de censurar”. Bolsonaro afirmou também que não irá respeitar futuras decisões proferidas pelo ministro.
Em seguida, o presidente voltou a criticar o sistema eleitoral brasileiro e colocou em cheque a realização das eleições no próximo ano.
“Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança por ocasião das eleições. Dizer também que não é uma pessoa do Tribunal Superior Eleitoral que vai nos dizer que esse processo é seguro e confiável”, falou.
“Um ministro do Tribunal Superior Eleitoral usar a sua caneta para desmonetizar as páginas que criticam esse sistema de votação. Nós queremos eleições limpas, democráticas, com voto auditável e contagem pública dos votos. Não podemos ter eleições que parem dúvidas sobre os eleitores. Nós queremos eleições limpas, auditáveis e com contagem pública. Não posso participar de uma farsa como essa patrocinada, ainda, pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral”, prosseguiu.
“E dizer àqueles que querem me tornar inelegível em Brasília. Só Deus me tira de lá. Só tem três opções para mim: preso, morto ou com vitória. Dizer aos canalhas que eu nunca serei preso. A minha vida pertence a Deus mas a vitória é de todos nós”, concluiu.
As manifestações em favor do presidente acontecem em várias partes do País e estão centradas em pautas antidemocráticas, com ameaças a ministros do STF e integrantes do Congresso Nacional. Há também pedidos de intervenção militar por parte dos manifestantes.
Fonte: Polêmica Paraíba
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