A reportagem do Blog do Jordan Bezerra ouviu a economista e professora Roberta Trindade sobre a proposta de reforma do Imposto de Renda, que teve o texto-base aprovado pelos Deputados na última quarta-feira (1º).
Sobre esse assunto, a economista explicou melhor como deverá funcionar e quem de fato será beneficiado. A análise prévia de Roberta esclarece pontos importantes para compreender melhor o projeto, que ainda precisa passar pelo Senado e, em seguida, ser sancionado pelo presidente.
“Sobre o texto base da reforma do Imposto de Renda, temos algumas novidades, umas beneficiam, outras nem tanto, e isso é natural num processo de reforma. Mas gostaria de destacar a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, o que vai beneficiar algumas pessoas, pois serão beneficiados aqueles que ganham até 2.500 reais por mês, aumenta também o número de pessoas que se enquadra nesta faixa de isenção, e os benefícios seriam para aqueles que ganham menos. Sou economista e sou adepta, acho importante a condição do Imposto de Renda de ser diferenciado, progressivo, de modo que beneficie aqueles que têm uma renda menor”, explicou a economista.
O que pode mudar para as empresas? Serão prejudicadas ou beneficiadas?
“Em relação às empresas, que também serão beneficiadas com a redução de seus impostos, sobretudo aqueles que ainda são pequenas, optantes pelo Simples Nacional, ou de lucro presumido, desta forma seria um meio de motivar a empresa ao crescimento, reduzindo os seus custos de tributação, elas podem investir mais e crescer”, afirmou Roberta.
A proposta sugere ainda extrair maior taxa de impostos sobre aqueles que trabalham como acionistas de empresas, que têm maior condição de renda e que poderiam pagar mais tributos, aliviando para os que têm menor condição.
“Sobre a taxação sobre lucros e pessoas que são acionista de empresas, geralmente elas têm melhor condição de renda e, naturalmente, poderiam pagar ou colaborar um pouco mais sobre a arrecadação de tributos. É claro que há uma preocupação daqueles que trabalham no setor público, porque diminuindo a tributação, surge preocupação para prefeitos, governadores que terão redução no Fundo de Participação, mas a proposta promete cortar benefícios, o que a sociedade já vive reivindicando, como auxílio moradia para políticos, alguns produtos mais supérfluos, enfim”, comentou a economista.
Veja o ponto de vista de Roberta Trindade e suas considerações sobre essa proposta ouvindo o comentário na íntegra abaixo:
Blog do Jordan Bezerra | Economia
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