A presidente da Câmara Municipal de Patos, Tide Eduardo (PSL) se pronunciou, durante a sessão virtual dessa terça-feira (15), sobre uma nota divulgada pela prefeitura culpando a Câmara e os vereadores caso não fosse possível pagar a parcela do 13º salário aos servidores, por conta de um projeto enviado à Casa pelo prefeito Nabor.
Segundo a prefeitura, só seria possível realizar o pagamento se o projeto de Lei nº 019/2021, que trata da transferência de até 50% do orçamento do município entre secretarias do município, fosse aprovado pela Câmara. Mas o presidente da Comissão de Finanças, Sargento Patrian, pediu vistas e por isso o projeto não poderia ser votado.
Sobre esse tema o Blog do Jordan Bezerra conversou a presidente da Câmara Municipal de Patos, Tide Eduardo, na manhã desta quarta-feira (16)
A presidente disse que pedir vistas faz parte do rito legislativo e do regimento interno da Casa, que tem que ser obedecido. Ela pediu respeito para com o trabalho dos vereadores. Tide disse que jogar a culpa nos vereadores não é aceitável e que o projeto foi enviado tarde para apreciação das comissões. Tide disse ainda que espera que a veiculação de matérias de cunho pejorativo contra a Câmara por parte da comunicação da prefeitura não se repita. Ela antecipou o projeto para votação, mas afirmou que não houve atraso e estava dentro do prazo legal do processo.
Os vereadores mandaram um recado direto para a prefeitura e para a comunicação, com cunho crítico. Alguns usaram a palavra para exigir respeito e exigiu que não se repita. O vereador Zé Gonçalves afirmou que o projeto não trata de pagamento de 13º salário e que se for aprovado vai ser um “cheque em branco” para o prefeito usar o dinheiro como ele quiser. Zé considerou a nota da prefeitura como desrespeitosa e criminosa, que joga o povo contra os vereadores.
O próprio líder do prefeito na Câmara, Sales Júnior ( Republicanos), disse que não comungava com a matéria que criticou o legislativo patoense. Para Sales, a postura dele tem como perfil conciliador.
O projeto foi aprovado em primeira votação e será votado novamente na próxima quinta-feira (17). Se o projeto passar, a prefeitura poderá utilizar recursos de outras secretarias para pagar o 13º salário dos servidores.
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