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Gianecchini admite que já saiu com homens, mas não se considera gay

 

Reynaldo Gianecchini assumiu, em entrevista para a revista Ela, publicada neste domingo (29), que já teve relacionamentos com pessoas do mesmo gênero. “Tive, sim, romances com homens e acho que esse é o momento certo de dizer”, falou o artista, que está no ar na novela “A Dona do Pedaço”. “O desejo para mim não passa pelo gênero nem pela idade.”


Ex de Marilia Gabriela, o ator de 46 anos falou, ainda, sobre os comentários que existiam em relação à sua sexualidade. “Me cobram muito: ‘quando você vai sair do armário?’. Primeiro, quero falar para essas pessoas: antes de você achar interessante a sexualidade dos outros, dá uma olhadinha na sua. Talvez ela tenha mais nuances do que você pensa”, falou Gianecchini. “Reconheço em todas as partes dentro de mim: o homem, a mulher, o gay, o hétero, o bissexual, a criança e o velho. Como dentro de todo mundo. A sexualidade é muito ampla e as pessoas são levianas. Querem te encaixar em uma gaveta, e eu não consigo, porque a sexualidade é o canal da vida e a minha sexualidade não cabe em um gaveta”, complementou.


Gianecchini não é o único a falar sobre como a sexualidade pode independer de gênero. A atriz Débora Nascimento e a cantora Ludmilla se assumiram como pessoas bissexuais, ou seja, que se envolvem tanto com homens como com mulheres. Bella Thorne e Janelle Monae já falaram que são pansexuais, que, segundo o psicólogo especializado em gênero e sexualidade Breno Rosostolato, é uma orientação cuja “atração sexual e romântica independe do sexo e identidade de gênero dos parceiros.” De acordo com o especialista, pansexuais “se permitem a experimentar suas emoções e sexualidade com pessoas em geral.”


Pansexuais são um exemplo de pessoas que vivem suas relações amorosas e sexuais sem precisar “entrar em gavetas”. Porém, acima de qualquer rotulação de sexualidade, é comum que o apaixonamento independa do gênero ou sexo biológico. “Para algumas pessoas, a paixão se dá por características relacionadas ao indivíduo mesmo. É o jeito de falar, de tratar, o envolvimento… Existe uma série de fatores que, para muita gente, leva a apaixonar-se e a encantar-se pelo outro.”


No entanto, apesar de ser algo frequente na sexualidade humana, nem sempre nos deixamos levar pelos nossos encantamentos com medo do que o outro pode pensar. “A questão é quão as pessoas estão dispostas e conseguem se debruçar, se aprofundar em seus apaixonamentos, porque todo mundo se depara com padrões e censuras. Por exemplo, um homem pode começar a se envolver com outro homem, mas ele esbarra na heteronormatividade. Tem que ver se ele estará disposto a viver essa emoção sob o julgamento da sociedade.”


Gianecchini admitiu que demorou a falar sobre sexualidade com medo da opressão que poderia sofrer. “Isso esbarra sempre no tamanho do preconceito no Brasil. Mas agora é importante reafirmar a liberdade, por mim e por quem enfrenta essa repressão”, o artista afirmou.

 

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