A Amazônia é nosso pulmão; é nossa bandeira; é a fauna e a flora brasileira; a Amazônia está em chamas. Não é uma degradação ambiental alheia; estamos falando dos “nossos risonhos, lindos campos têm mais flores”; “nossos bosques têm mais vida,” lembra? “nossa vida no teu seio mais amores”…
Deem uma trégua… – Achem o caminho… – Iluminem-se e ajam para o bem do planeta, mas antes preservem a si mesmos.
– Moralidade, gente! – Dignidade! – Parem de tergiversar! – Enquanto acusamos as ONG’s, nossos vizinhos estão dando exemplo. Bolívia e Paraguai adotaram um plano de contenção. E estão lá fazendo a parte deles! E nós? Gritem… – E nós?
Enquanto procuramos um culpado, insisto, animais estão sendo exterminados… – Numa profusão de seres carbonizados, para se dissolverem numa alma coletiva… – Como se não lhes bastassem a ameaça da extinção.
Árvores esturricadas, Sumaúmas gigantes, heroicas, resistentes às estações… – Caídas, fumegantes, silenciosas… – Jacarandás, Andirobas, Maçarandubas… – Tudo morto!
– E os índios? – Mas, que índios?!?
A Amazônia está queimando dentro da gente. E é preciso que a Europa diga: “isso é uma emergência”! – Eu sei que desmatam; eu sei que saqueiam; eu sei que contrabandeiam; eu sei que caçam e degradam o meio ambiente… – Eu sei, eu sei. Mas, eu não sou o Uirapuru… – Não sou Tupã… – Não sou Guaraci… – Não sou a jaci… – Sou, não!!
Meu Deus, o que eu sou?
Misael Nóbrega de Sousa
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