Sentado na cadeira de seu barbeiro particular, em pleno palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro, ligou a Live do facebook, e enrolado na capa do Batman discorreu sobre alguns assuntos importantes do país. Entre uma tesourada e outra pincelou sobre reforma da previdência, diminuição da carga tributária, isenções fiscais…
Vez por outra, o cabeleireiro dava uma penteada, molhava a franjinha… E o presidente lá, atacado até o pescoço, mas de língua afiada.
Após uma raspada na costeleta… Voltou a falar de Fernando Santa Cruz de Oliveira, opositor do regime militar, a organização “resolveu sumir com o pai do presidente da OAB” por receio de ser descoberta. “Não foram os militares que mataram ele não”.
Bolsonaro deu risada do empate entre Palmeiras e Vasco; disse que podia ignorar a imprensa, mas preferia usar de sinceridade, mesmo pagando um preço alto; falou que iria a Anápolis e que era muito bem recebido em qualquer lugar.
Mais bombinha pra molhar o cabelo; uma penteada de lado, mais duas tesouradas… Tava parecendo o Hitler, só faltava o aquele bigodinho ridículo…
Citou o caso de um morador de rua que no Rio de Janeiro matou duas pessoas- e disparou: “Agora não tinha ninguém armado para dar um tiro nele, impressionante? Mas tudo bem. ‘Tava’ drogado, o cara?”
Afirmou que na volta do recesso, vai conversar com o Rodrigo Maia e o Davi Alcolumbre, sobre a medida provisória da liberdade econômica que visa tirar o estado do cangote do trabalhador, mesmo que para isso tenha que convencer grande parte do parlamento brasileiro.
“O Brasil tem tudo pra dar certo”. Finalizou já colocando talquinho e varrendo os pelos indesejáveis com aquele pincel engraçado. “eu sabia que a missão não seria fácil, o que me faz continuar é a fé que tenho e o apoio popular” comemorou… – E sem dizer “tá ok” nem fazer “arminha”, levantou-se e foi embora.
O corte de cabelo do presidente durou o tempo da Live – 12min40s. Suficiente para dar um “tapa” no visual, mas sem mudar sua personalidade: “um ego que funciona livre sobre o controle do id”. As aparências não enganam.
Misael Nóbrega de Sousa
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