Drama, sofrimento e esperança são alguns sentimentos que regem os funcionários e usuários da empresa área AVIANCA BRASIL. Uma empresa ‘sólida financeiramente’, pelo menos é o que transparecia para funcionários, sócios e público em geral.
Prova disso é que a companhia aérea fundada em 2003, na época como OceanAir Linhas aéreas, pelos irmãos colombianos, José e German Efromovich, vinham durante esses 17 anos crescendo e ganhando mercado, gerando resultados positivos para a empresa e para o país, fora os empregos diretos e indiretos, ela veio se tornar a 4ª maior companhia aérea do país. Os representantes da Avianca alegam que o motivo no qual a empresa passa por essa situação financeira justifica o requerimento alegando estar numa situação de crise financeira devido à greve dos caminhoneiros no ano passado, à recessão econômica e à variação cambial. Contudo esses argumentos não convenceram nem mesmo quem expressou essas informações.
O processo da Avianca, que tramita em segredo de Justiça na 1ª Vara de Recuperações Judiciais e Falências da capital. Ele foi distribuído ao juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi.
Aliado à crise macroeconômica estaria o “aumento absurdo do combustível utilizado pelas aeronaves”, a variação do câmbio “e até a famigerada ‘greve dos caminhoneiros’, que impactam drasticamente o fluxo de caixa da Avianca”.
Tinha em torno de 70 aeronaves voando por todo o país. Recentemente estava com apenas 6 aviões, ou seja, menos de 10% de suas atividades, algo quase inimaginável. Quem quebrou a empresa? Quem prejudicou uma empresa tão grande? São perguntas que só uma boa auditoria pode responder. Uma empresa que a cada dia ganhava notoriedade no país, com excelência nos serviços prestados, segundos os usuários.
A Avianca Brasil original poderá ficar com parte do que sobrar dos slots, e o que eventualmente não for vendido. Saberemos na tarde desta quarta-feira (10), às 14h, na Capital Paulista SP, onde está marcado o leilão da Companhia. Naturalmente que os funcionários, colaboradores e usuários torcem pelo desfecho positivo, nesse processo do leilão.
A crise da empresa além de afetar o mercado aéreo, prejudica sobretudo os funcionários, pais de famílias, que padecem em crise financeira, trabalhadores que foram desligados e os ativos que estão a ver navio, sem salários, já são três meses nessa situação calamitosa. Os funcionários estão com suas contas atrasadas e sem recursos para necessidades básicas como alimentação e habitação.
São cerca de 6 mil prejudicados que poderão ficar sem empregos, contando funcionários, colabores da Companhia Área, ou seja, um baita problema para a economia e sobretudo para os empregados que estão à mercê.
O Blog do Jordan Bezerra conversou com exclusividade na manhã desta quarta-feira (10), com alguns funcionários da AVIANCA BRASIL. Por motivo de precaução não iremos citar seus nomes reais, apenas fictícios.
“Funcionários antigos como nós que temos entre 10, 15 ou 18 anos de empresa perderíamos tudo, se pedisse as contas. Nem o FGTS conseguiríamos mexer, talvez o seguro desemprego fora que muitos mercados não contratariam funcionários com 40 anos ou mais. Uma tristeza, além disso, começar tudo outra vez não é fácil não”, disse uma entrevistada.
Seu Zé que tem mais de 10 anos de empresa disse que a situação é complicada sem receber o dinheiro, a família passando por muita dificuldade.
“Trabalho há mais de 10 anos na empresa e hoje ver uma situação dessa é triste, é de cortar o coração. Tudo estava bem e, de repente, essa crise sem fim, parece um pesadelo, mas o pior é que é real. Está faltado até alimento lá em casa”, finalizou outro funcionário.
Já para dona Maria, que tem mais de 8 anos na empresa, é um pesadelo sem fim essa situação.
“O que temos nesse momento é a fé em Deus, que tudo ficará bem amanhã, já esperamos até agora, podemos esperar mais. Dependemos desse emprego para sustentar nossas famílias, concluiu a funcionária.
Blog do Jordan Bezerra
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